Resultado da pesquisa (3)

Termo utilizado na pesquisa toxic myopathy

#1 - Accidental monensin poisoning in buffaloes in Bahia, Brazil

Abstract in English:

Monensin is an ionophore antibiotic (IA) widely used for growth promotion and weight gain in the production of ruminants. However, it has caused intoxication in several species, including buffaloes, mainly because of the ignorance or disrespect of the recommendations for use in each animal species. The objective of this study was to describe, for the first time, clinical-epidemiological and anatomopathological data of an outbreak of accidental poisoning by monensin in buffalos and rediscuss the recommendation of the use of IA in the production of this species. The outbreak affected 21 adult buffaloes after consumption of remains from a feed formulated on the farm and whose constituents were mixed by hand. Clinical and first death signs were observed 24 hours after ingestion of this food. In general, the clinical picture was characterized by muscle weakness, tremors, difficulty in locomotion, and decubitus. Fifteen buffaloes presented clinical signs of poisoning (71.5% morbidity), followed by death (100% lethality), after acute to subacute evolution (<24h to 96h). Laboratory tests indicated elevated serum activity of creatine phosphokinase and aspartate aminotransferase enzymes. Three buffaloes underwent necropsy, and samples from several organs were collected for histopathological examination. The main injuries found were hyaline degeneration and multifocal segmental necrosis in the skeletal and cardiac striated muscles (myopathy and degenerative-necrotic multifocal multifocal-necrotic cardiopathy). The diagnosis was confirmed by the toxicological evaluation of suspected ration remains, which detected 461.67mg/kg of monensin. The death of 71.5% buffaloes in this lot occurred due to a succession of errors, which included faults in the formulation of the ration and, above all, due to the use of monensin in a highly sensitive species. Despite the possible beneficial effects of IA use as a dietary supplement for buffaloes, we are of the opinion that IAs should never be used in bubalinoculture since any increment in production does not compensate for the imminent risk of death due to a small safety margin for this species and the absence of antidotes.

Abstract in Portuguese:

Monensina é um antibiótico ionóforo (AI) amplamente empregado na produção de ruminantes para promoção de crescimento e ganho de peso, mas que tem causado intoxicação em diversas espécies, incluindo os búfalos, principalmente, pelo desconhecimento ou desrespeito das recomendações de uso e às particularidades de cada espécie animal. Objetivou-se descrever, pela primeira vez na Bahia, dados clínico-epidemiológicos e anatomopatológicos de um surto de intoxicação acidental por monensina em búfalos e rediscutir a recomendação do uso de AI na produção de bubalinos. O surto acometeu um lote de 21 búfalos adultos após consumo de sobras de uma ração para bovinos formulada na fazenda e cujos constituintes eram misturados à mão. Os sinais clínicos e primeiros óbitos foram observados 24 horas após a ingestão dessa ração. O quadro clínico, em geral, se caracterizou por fraqueza muscular, tremores, dificuldade de locomoção e decúbito. Quinze búfalos apresentaram sinais clínicos de intoxicação (morbidade 71,5%), seguido de morte (letalidade 100%), após evolução aguda a subaguda (<24h até 96h). Exames laboratoriais indicaram acentuada elevação na atividade sérica das enzimas CPK e AST. Três búfalos foram necropsiados, sendo coletadas amostras de diversos órgãos para exame histopatológico. A principal lesão encontrada foi degeneração hialina e necrose segmentar multifocal nos músculos estriados esqueléticos e cardíacos (miopatia e cardiopatia degenerativo-necrótica tóxica multifocal polifásica). O diagnóstico foi confirmado pela avaliação toxicológica das sobras da ração suspeita, que detectou 461,67mg/kg de monensina. A morte de 71,5% dos búfalos deste lote ocorreu devido a uma sucessão de erros, que incluíram falhas na formulação da ração e, sobretudo, devido ao uso da monensina em uma espécie altamente sensível. Enfatizamos que, apesar dos possíveis efeitos benéficos do uso AIs como suplemento dietético para bubalinos, somos da opinião que os AIs nunca devem ser empregados na bubalinocultura, uma vez que os eventuais incrementos na produção não compensam o risco iminente de morte, devido a pequena margem de segurança para essa espécie e a inexistência de antídotos.


#2 - Poisoning by Senna obtusifolia in sheep, 38(8):1471-1474

Abstract in English:

ABSTRACT.- Campos E.M., Maia L.A., Olinda R.G., Nascimento E.M., Melo D.B., Dantas A.F.M. & Riet-Correa F. 2018. Poisoning by Senna obtusifolia in sheep. [Intoxicação por Senna obtusifolia em ovinos.] Pesquisa Veterinária Brasileira 38(8):1471-1474. Laboratório de Patologia Animal, Hospital Veterinário, Universidade Federal de Campina Grande, Avenida Universitária s/n, Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brazil. E-mail: edipo_mc1@hotmail.com In a paddock highly invaded by Senna obtusifolia 10 out of 60 sheep showed muscle weakness and 9 died after a clinical manifestation period of 24-76 hours. Serum activities of creatine kinase were increased in all sheep examined. Multifocal polyphasic muscle segmental degeneration and necrosis was observed in skeletal muscles. Although the plant is a common weed in northeastern Brazil, the poisoning is rare, probably because the animals do not ingest it or due to toxicity variations.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Campos E.M., Maia L.A., Olinda R.G., Nascimento E.M., Melo D.B., Dantas A.F.M. & Riet-Correa F. 2018. Poisoning by Senna obtusifolia in sheep. [Intoxicação por Senna obtusifolia em ovinos.] Pesquisa Veterinária Brasileira 38(8):1471-1474. Laboratório de Patologia Animal, Hospital Veterinário, Universidade Federal de Campina Grande, Avenida Universitária s/n, Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brazil. E-mail: edipo_mc1@hotmail.com Em um piquete altamente invadido por Senna obtusifolia, 10 de 60 ovelhas mostraram fraqueza muscular e 9 morreram após um período de manifestação clínica de 24-76 horas. As atividades séricas da creatina quinase foram aumentadas em todos os ovinos examinados. Foi observada degeneração segmentar e necrose polifásica muscular em músculos esqueléticos. Embora a planta seja uma erva daninha comum no Nordeste do Brasil, o envenenamento é raro, provavelmente porque os animais não o ingerem ou devido a variações de toxicidade.


#3 - Experimental poisoning by Cassia occidentalis (Leg. Caes). in horses

Abstract in English:

In experimental studies seven 12 to 30 year old horses were force-fed through a nasoesophagic tube with ground Cassia occidentalis seeds admixed in water. Four horses died after receiving seeds corresponding to 1.5, 1.75 and 2g of seeds per kg (respectively 0.15, 0.175 and 0.2 per cent) of their body weight. A fifth horse was killed in extremis after receiving 3g of seeds per kg of body weight. The clinical disease induced by the plant in these five horses had a course of 4 to 96 hours and included signs of depression, muscle tremors, incoordinated and swaying gait, tachycardia, dyspnea and increase in serum leveis of creatine phosphokinase, aspartate transaminase and gamma glutamyl transferase. The main necropsy f"mdings included a swollen liver with marked lobular pattern in the natural surface and a nutmeg aspect of the cut surface; reddening of the intestinal mucosa; hemorrhages in the adrenal glands; suffusions and hemorrhages in the epi- and endocardium; pulmonary congestion and edema. Histologically there was hepatocellular degeneration and necrosis associated, in some cases, with polimorphonuclear neutrophylic infiltrates. The skeletal muscles had variable degrees of degenerative and necrotic lesions. The clinic-pathological alterations observed in these five horses suggest hepatotoxic and myotoxic principies in the C. occidentalis seeds, and a cumulative effect in those animals which were exposed to doses over 1.75g/kg of their body weight, fractioned up to eigth administrations. Two horses to which 1 and 2g of the seeds per kg were fed, survived. The horse which received 1g of the ground seeds per kg presented a mild muscular disfunction and recovered completely. These two horses were killed for post-mortem examination 30 days after they had received the last administration of seeds. Necropsy findings were negative, and no lesions which could be attributed to the effects of the plant were observed on histopathological examination.

Abstract in Portuguese:

Num estudo experimental sete eqüinos com idades entre 12 e 30 anos receberam, via sonda naso-esofágica, sementes de Cassia occidentalis, trituradas e misturadas com água. Quatro eqüinos morreram após receberem 1,5, 1,75 e 2g de sementes por kg de seu peso corporal. Um quinto eqüino foi sacrificado in extremis após ter recebido 3g de sementes por kg. A doença induzida pela planta nesses cinco eqüinos teve uma evolução de 4 a 96 horas e incluía sinais clínicos tais como: abatimento, tremores musculares, incoordenação motora, andar cambaleante, taquicardia, dispnéia e elevação dos níveis séricos das enzimas creatina fosfoquinase, aspartato transaminase e gama glutamiltransferase. Os achados de necropsia mais importantes foram fígado tumefeito e com acentuação do padrão lobular na superfície natural e aspecto de noz moscada na superfície de corte; aver- melhamento da mucosa intestinal; hemorragias na superfície de corte das adrenais; hemorragias subepicárdicas e subendocárdicas; congestão e edema pulmonar. Histologicamente, havia degeneração e necrose hepatocelulares acompanhadas, em alguns casos, por infiltrado polimorfonuclear neutrofílico. Na musculatura esquelética havia lesões degenerativas e necróticas em graus variáveis. As alterações clínico-patológicas apresentadas por esses cinco eqüinos, sugerem uma ação hepatotóxica e miotóxica dos princípios químicos contidos nas sementes, bem como um efeito acumulativo nos animais que receberam dosagens acima de 1,75g/kg repartidas em até oito administrações. Dois eqüinos que receberam 1 e 2g de sementes por kg do peso corporal, sobreviveram. O eqüino que recebeu 1g/kg, apresentou leve disfunção muscular e recuperou-se completamente. Esses dois eqüinos foram sacrificados e necropsiados 30 dias após a última administração das sementes. À necropsia e exame histopatológico não se evidenciaram lesões macro e microscópicas que pudessem ser associadas à planta.


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